SEGURANÇA PÚBLICA COM CIDADANIA

O BLOG FOI CRIADO PARA DIVULGAR A ATUAÇÃO DAS FORÇAS DE SEGURANÇA PÚBLICA QUE 24 HORAS POR DIA, 7 DIAS POR SEMANA, DEFENDEM E PROTEGEM A SOCIEDADE E O ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO. ALÉM DE INFORMAR SOBRE OUTROS TEMAS, REPORTAGENS, ARTIGOS E VÍDEOS LIGADOS A SEGURANÇA, OPERAÇÕES POLICIAIS, TÁTICAS E ARMAS DE FOGO.

sexta-feira, 31 de julho de 2015

Tentativa de assalto a guarda tem um ferido e dois presos em Campinas

Guarda municipal foi abordado ao entrar em sua casa no bairro Flamboyant.
Quatro assaltantes participaram da ação, um deles está foragido.

Do G1 Campinas e Região

ilustração do blog 

Dois criminosos foram presos na madrugada desta sexta-feira (31) após uma tentativa de assalto a um guarda municipal na noite de quinta-feira (30), no bairro Flamboyant em Campinas (SP). De acordo com a Guarda Municipal, quatro assaltantes participaram da abordagem. Um suspeito foi ferido e está internado em um hospital de Vinhedo (SP). O quarto integrante da quadrilha está foragido.

O guarda municipal chegava em casa quando foi abordado pelos criminosos. Ainda de acordo com a Guarda Municipal, o agente de segurança municipal reagiu e atirou contra os assaltantes, que fugiram.

fonte: G1 Campinas

quinta-feira, 30 de julho de 2015

PC/SP: Operação policial em Cubatão apreende armas, munições e explosivos

A Polícia Civil apreendeu em Cubatão uma grande quantidade de armas, além de munições e bananas de dinamite, na manhã desta quinta-feira (30). Uma mulher foi presa durante a operação. Polícia apreendeu armas e munição com mulher (Foto: Arquivo Pessoal)
Os trabalhos se concentram na Vila dos Pescadores desde às 6 horas. Os policiais civis cumprem mandados de prisão, busca e apreensão. 

Em um barraco, policiais encontraram três fuzis, explosivos e munição. No endereço também havia diversas máscaras, do tipo das que costumam ser usadas por marginais para esconder o rosto.

Uma mulher que estava na casa foi levada para a delegacia e não se sabe se ela tem ligação com alguma quadrilha que ataca caixas eletrônicos na Baixada Santista.

Armas e munições foram apreendidas em barraco na Vila dos Pescadores

Assalto em Guarujá
Na quarta-feira (29), uma quadrilha invadiu o Shopping Jequitimar, na Praia de Pernambuco, em Guarujá, e explodiu seis caixas eletrônicos. Logo após o crime, duas pessoas foram presas, porém a suspeita é que o bando tenham pelo menos 14 integrantes.

Além da destruição nos equipamentos bancários, os marginais posicionaram um ônibus no meio da Estrada do Pernambuco, na altura do morro do Biu, e atearam fogo. Simultaneamente, um caminhão furtado foi estacionado pelo grupo na Estrada Guaruujá/Bertioga. A intenção era criar bloqueios para impedir a chegada da Polícia Militar.

fonte: http://www.atribuna.com.br/noticias/noticias-detalhe/policia/operacao-policial-em-cubatao-apreende-armas-municoes-e-explosivos/?cHash=b19e1efd7f56c7044c7d2e8fcebd4ca6

Dupla suspeita de explodir caixa é presa com armamento pesado

Metralhadoras, armas e explosivos foram encontrados em chácara.
Criminosos explodiram equipamento dentro de ambulatório de Itatiba (SP).

Do G1 Sorocaba e Jundiaí
Com a dupla, a polícia encontrou três fuzis, uma metralhadora e vários munições (Foto: Divulgação BAEP)



Policiais do Batalhão de Ações Especiais de Campinas (SP) localizaram no início da tarde desta quinta-feira (30) armas, munições e celulares, em uma chácara de Itatiba (SP). Dois homens foram presos e, de acordo com as investigações da polícia, eles são suspeitos de participar de um ataque ao caixa eletrônico de um ambulatório médico da cidade.

Ainda segundo a polícia, os policiais chegaram na chácara, no bairro das Vivendas, no Engenho d’Água depois de uma denúncia anônima. Os suspeitos foram apreendidos com três fuzis, uma metralhadora, munições, explosivos, além de celulares e dinheiro. O material e os dois homens presos foram encaminhados à delegacia de Itatiba e permaneceram à disposição da Justiça. 

Atendimento interrompido

Em nota, a prefeitura informou que o atendimento do ambulatório foi parcialmente interrompido. Algumas consultas precisaram ser reagendadas para outra data. O atendimento na farmácia de medicamentos de alto custo foi paralisado e será retomado ainda nesta quinta-feira.

De acordo com a Polícia Militar, três homens quebraram a porta de vidro da recepção, onde os pacientes aguardam atendimento, para entrar na unidade e explodir as máquinas. O ambulatório estava fechado no momento do ataque, que ocorreu às 5h. A quantia de dinheiro levada pelos criminosos não foi divulgada.

A Defesa Civil também compareceu ao ambulatório para avaliar os estragos, já que o forro do prédio ficou danificado. A entrada dos funcionários no ambulatório só foi permitida após a conclusão das vistorias. O agendamento para novas consultas também está parado por conta de prejuízos no sistema elétrico e volta ao normal nesta sexta-feira. Um boletim de ocorrência foi elaborado para a abertura de um inquérito policial.
Uma grande quantidade de explosivos prontos para o uso também foram encontrados na chácara
(Foto: Divulgação BAEP)

Fonte: G1 Campinas

Mulher suspeita de chefiar tráfico na região central de Campinas é presa pela GM

Guarda deteve a suspeita durante patrulhamento próximo ao Terminal Central.
Na residência dela foram encontrados R$ 11,7 mil em dinheiro e drogas.

Do G1 Campinas e Região
Na residência da suspeita foram encontradas 400g de droga 
(Foto: Divulgação/ Guarda Municipal Campinas)

Uma mulher suspeita de ser uma das principais traficantes da área do Terminal Central, foi presa em flagrante por tráfico na noite desta quarta-feira (29) pela Guarda Municipal de Campinas (SP). De acordo com a corporação, na residência dela foram encontrados R$ 11,7 mil em dinheiro, drogas, além de celulares e computadores.

A prisão foi feita após um patrulhamento na região. A Guarda informou que uma equipe se deparou com um carro transitando em baixa velocidade próximo a um bar conhecido como ponto de tráfico. Após uma ordem de parada, o veículo fugiu e foi interceptado pela viatura na Vila Industrial.

No carro da mulher, de 51 anos, foram encontradas 21 porções de cocaína embaixo do assoalho e R$ 126 em dinheiro em cima do banco, informou a Guarda Municipal.
Guarda Municipal apreendeu celulares e notebooks
(Foto: Divulgação/ Guarda Municipal Campinas)

Após a abordagem, os guardas foram à casa da suspeita, localizada no bairro Cambuí, e encontraram R$ 11,7 mil em dinheiro dentro de uma mochila, 400 gramas de cocaína e crack e 250 embalagens vazias, usadas para armazenar drogas. Na casa ainda havia 57 maços de cigarro, três máquinas fotográficas, dois notebooks, dois viodeogames e 16 celulares.

Segundo a Guarda Municipal, a suspeita possui passagens por estelionato, receptação, furto e era considerada foragida da Justiça por lesão corporal. A mulher foi encaminhado ao 4º Distrito Policial.

Fonte: G1 Campinas

terça-feira, 28 de julho de 2015

Policiais Civis do 7º. DP de Campinas recuperam protótipo de celular avaliado em R$ 40 milhões e prendem uma pessoa.

Uma pessoa foi presa em Campinas após tentar vender aparelho na internet.
Sony afirma que tomou conhecimento do fato e está acompanhando o caso.

Do G1 Campinas e Região
Protótipo de celular recuperado em Campinas (SP) (Foto: Divulgação/ Deinter 2)

Um protótipo de um celular da Sony foi recuperado pela Polícia Civil, em Campinas (SP). O aparelho foi furtado no dia 17 de julho de uma empresa de certificação, no distrito de Barão Geraldo. O equipamento foi localizado pelos policiais na segunda-feira (28) e uma pessoa foi presa em flagrante por receptação qualificada.

De acordo com o delegado Luiz Antônio Correia da Silva, que investiga o caso, após a empresa de certificação fazer o boletim de ocorrência, os policiais descobriram nas redes sociais uma página de venda e troca de aparelhos anunciando o equipamento furtado. Ainda segundo a polícia, o protótipo teria custado R$ 40 milhões.
Possíveis compradores

"Nós começamos a pesquisar e achamos a página no Facebook, aí entramos como se a gente fosse comprar o aparelho. Marcamos em uma lanchonete de Barão Geraldo. Ele foi até lá, levou o aparelho e nós prendemos o suspeito em flagrante por receptação", explica o delegado.

Silva disse ainda que a empresa de certificação afirmou que o protótipo não está disponível no mercado. "A preocupação era porque é um lançamento da Sony e esse celular [protótipo] nem tem no mercado ainda. Eles disseram que o celular [quando pronto] deve sair no comércio por R$ 3 mil", destaca.

Sem câmera de segurança

Segundo o delegado, não havia câmeras de segurança no local onde o aparelho estava guardado. "Tem só controle de quem entra. Terceirizados também têm acesso. Tem um relatório de todo mundo que entrou lá, mas são muitas pessoas. O aparelho não tinha rastreador", detalha.

Silva disse ao G1 que a investigação agora segue para tentar descobrir quem furtou o equipamento da empresa. "Ainda não pegamos quem furtou, pegamos o receptador, que não é a mesma pessoa. O preso alegou que comprou de uma outra pessoa. Ele colocou à venda um produto que ele sabia que era furtado. Ele não tinha nota", explica.

Em nota, a divisão mobile da Sony no Brasil informa que recentemente tomou conhecimento do ocorrido por meio da empresa de certificação e afirma que está acompanhando o caso.

fonte: g1.globo.com

segunda-feira, 27 de julho de 2015

Revólver Taurus 627, 357 mag, 7 tiros - Bullet Point Profiles: Taurus Tracker 627 Revolver

Derf prende casal com armas furtadas de empresa de caça e pesca em Cuiabá


Assessoria/PJC-MT

Cinco pistolas calibre 380 e várias munições furtadas de uma empresa especializada em venda de artigos para caça e pesca foram recuperadas em uma ação da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Cuiabá (Derf), na quarta-feira (22.07), em Cuiabá. As armas foram apreendidas na residência do casal Julio César Gomes Amado e Thaylla Cristyne Lima Redez, presos em flagrante pelo crime.

O furto aconteceu na madrugada de sábado (18.07), na empresa Pantanal Caça e Pesca, no bairro Porto, em Cuiabá. Na ação, mais de 70 armas foram furtadas do estabelecimento.

A localização das armas aconteceu após a equipe da Derf receber informações de que o casal estava comercializando armas e munições em seu apartamento, em um condomínio na estrada de Chapada dos Guimarães. Em algumas negociações, o casal marcava o local para fazer a entrega da arma.

Com base nas informações, uma equipe da Derf deslocou até o local e em buscas no apartamento do casal, apreendeu 05 pistolas calibre 380, da marca Taurus e cerca de 90 munições. No momento da prisão, o acusado Julio César apresentou uma carteira de habilitação em nome de Jhemes Antonio da Silva Cortez.

O proprietário da empresa Pantanal caça e pesca reconheceu 04 pistolas como sendo da sua empresa. A quinta arma foi identificada como produto de roubo ocorrida na empresa Areia Caça e Pesca, de Arenápolis (258 km a Médio-Norte).

De acordo com a delegada Elaine Fernandes da Silva, Julio César possui vários registros criminais pelos crimes de roubo qualificado, receptação, adulteração de sinal de veículo automotor, receptação, furto e identidade falsa. A acusada Thaylla possui registro criminal pelos crimes de receptação e associação criminosa.

Os acusados serão autuados pelos crimes de receptação qualificada, comercialização ilegal de arma de fogo, associação criminosa, falsa identidade e uso de documento falso.

Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso

asscom@pjc.mt.gov.br(65)3613-5673


15º BPM apreende armas, granadas e drogas em Campos Elísios



Policiais militares do 15º BPM (Duque de Caxias) detiveram um suspeito nesta segunda-feira, 27/07, durante patrulhamento realizado na comunidade da Mangueira, em Campos Elísios. O suspeito estava próximo a um terreno baldio, quando foi abordado. Após buscas no local, os policiais encontraram um tonel contendo em seu interior uma pistola cal 40, dois revólveres cal. 38, três revólveres cal. 32, uma réplica de pistola, três granadas, três rádios transmissores, 1 Kg de cocaína, 310 papelotes da droga, 91 pedras de crack, 500 g de maconha e 290 trouxinhas da droga. 

Ocorrência encaminhada para 60ª DP.

Fonte: PMERJ

domingo, 26 de julho de 2015

Seis são mortos em confronto com polícia em Santa Cruz Cabrália, na Bahia

Delegada informou que vítimas integram quadrilha que atua na região sul. 
Confronto com polícia ocorreu neste domingo (26).

Do G1 BA
Polícia mostra armas e coletes apreendidos após confronto (Foto: Leandro Alves/ Bahia na Mídia)

Seis homens foram mortos durante um confronto com a polícia na cidade de Santa Cruz Cabrália, região do extremo-sul da Bahia, neste domingo (26), de acordo com a delegada Valeria Fonseca, titular da 23ª Coordenadoria de Polícia do Interior (Coorpin).

As vítimas tinham mandado de prisão em aberto por tráfico de drogas, homicídios e outros crimes praticados na região de Porto Seguro, informou a polícia. Segundo a delegada, houve confronto e os policiais revidaram.

Durante a ação, a polícia disse ter apreendido com os suspeitos armas e coletes à prova de bala. Os corpos foram levados para o Instituto Médico Legal (IMl) da cidade de Eunápolis. A delegada Valéria não deu mais detalhes da operação e disse que novas informações serão divulgadas pela Polícia Civil.

Chacinas

Duas chacinas foram registradas na Bahia neste fim de semana. Na capital baiana, quatro pessoas foram mortas e uma criança baleada na coxa após ataque a um bar. O crime foi cometido no bairro de Valéria e os suspeitos ainda não foram identificados.

Entre os mortos, estão um sargento da PM, Osvaldo Costa da Conceição Filho, 49 anos, e o filho dele, Railander da Silva Conceição, de 24, que seria o alvo do grupo criminoso, segundo a polícia. Morreram ainda Robson Alves Santos, 21 anos, e Murilo dos Santos de Santana, de 27 anos.

Em Portão, bairro de Lauro de Freitas, na região metropolitana, uma quadrilha atirou contra um bar e matou Samuel Pereira Silva, de 29 anos. Outras seis pessoas foram baleadas.

Fonte: http://g1.globo.com/bahia/noticia/2015/07/seis-sao-mortos-durante-acao-da-policia-em-santa-cruz-cabralia-na-ba.html

GCM DE COTIA APREENDE DROGAS COM MENOR


Da Redação

Por volta das 07h30 deste sábado(18), em patrulhamento pela Avenida Egidio Vitorelo, no Jardim Angélica, guardas civis depararam com um jovem parado em atitude suspeita.

Ele estava na Viela das Rosas, e estranhando a atitude os guardas resolveram abordá-lo.

Ao entrar na viela e efetuar a revista pessoal, em sua cintura os guardas encontraram uma sacola plástica contendo R$245,00 (duzentos e quarenta e cinco reais) em dinheiro, além de muita droga já individualmente embalada para venda.

Foi encontrado em seu poder 138 pinos de cocaína, 286 pedras de crack e 146 trouxinhas de maconha. Ao ser questionado, o indivíduo informou ser menor de idade, dizendo que vendia drogas no Parque do Planalto e que já estava voltando prá casa quando foi abordado. A mãe do menor foi avisada e o mesmo encaminhado ao 1º DP de Carapicuíba.


As drogas foram encaminhadas para constatação e o laudo de nº 344277/2015 do IC de Osasco deu positivo para 64,7g de cocaína, 49,9g de crack e 206,1g de maconha.


A autoridade policial, determinou o registro do boletim de ocorrência de nº7164/15, de natureza "ato infracional de tráfico de drogas (art.33)", determinando pela não liberação do adolescente, sendo o mesmo encaminhado ao Juiz da Vara da Infância e da Juventude para encaminhamento à Fundação Casa.

Atendeu a ocorrência a equipe de motos da Guarda Civil de Carapicuíba, Sub Cmte. Wlby, Insp. Gasparini e Gc Novais.

Fonte: http://www.portalviva.com.br/

Policiais civis da Deten apreendem drogas e prendem dois suspeitos de tráfico no ES


Policiais civis da Delegacia Especializada em Tóxicos e Entorpecentes (Deten) prenderam, nessa quinta-feira (23), dois suspeitos de tráfico de drogas. A.N.M.N., 22 anos, e T.C.V., 25 anos, foram detidos em uma residência no bairro Santo André, em Cariacica. 

No local, os policiais apreenderam uma pistola calibre 380 com numeração raspada, 21 munições do mesmo calibre, três pinos e dois papelotes de cocaína, seis pedras de crack, 150 gramas de maconha, material para embalar drogas e dois aparelhos celulares.

Segundo o responsável pela operação, delegado Fábio Pedroto, os policiais receberam por meio do Disque-Denúncia-181 o endereço da residência onde funcionava um comércio de entorpecentes. “Os policiais foram ao local e encontraram o material”, informou o delegado.

A.N.M.N. e T.C.V. foram conduzidos até a Deten, onde prestaram depoimento e, em seguida, foram encaminhados para o Centro de Triagem de Viana (CTV).

Assessoria de Comunicação Polícia Civil 
Comunicação Interna - (27) 3137-9024
Fernanda Pontes - (27) 98849-2310

Agepen/MS terá grupo especializado em contenção de crises, escolta e vigilância de muralhas





Campo Grande (MS) – A Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) já iniciou os trabalhos para a criação do seu Grupo de Intervenção Rápida, Contenção, Vigilância e Escolta (Girve). Por meio da Escola Penitenciária (Espen), está sendo preparado um treinamento específico que, inicialmente, será oferecido a 70 agentes penitenciários do Estado.

De acordo com o diretor-presidente da Agepen, Ailton Stropa Garcia, a intenção é que, com o tempo e a inclusão de novos servidores penitenciários ao quadro funcional, os agentes possam atuar em todas as frentes necessárias ao sistema prisional, que, atualmente, em parte, ainda é realizada pela Policia Militar, por meio do Batalhão de Choque e da Companhia de Guarda e Escolta. “O governador Reinaldo Azambuja e o secretário Silvio Maluf [Justiça e Segurança Pública], querem a polícia atuando nas ruas, o que se conseguirá com os agentes penitenciários cuidando das ações dos presídios, o que, com certeza, beneficiará toda a sociedade”, destaca, ressaltando que será um processo gradativo.

Programado para início de outubro, o curso de qualificação será a primeira medida nesse sentido, conforme Stropa. Destinada a homens e mulheres da carreira penitenciária, essa primeira qualificação terá distribuição de vagas por região, levando em consideração a proporcionalidade ao número de servidores de cada uma delas. A ideia inicial é que, das 70 vagas previstas, 40 sejam para os agentes de Campo Grande, 10 para Dourados, cinco para Três Lagoas, cinco para Dois Irmãos do Buriti, cinco para Naviraí e cinco para Corumbá, selecionados conforme critérios a serem estabelecidos pela Agepen.

A proposta é que, inicialmente, devido à falta de servidores, os 70 primeiros agentes penitenciários que receberão a qualificação formarão um grupo especial e atuarão em situações de crise, como grupo de intervenção rápida e de contenção. “Eles continuarão trabalhando em suas funções nos presídios que estiverem lotados e, quando for necessário, serão reunidos e levados para atuarem nessa nova função”, explica o diretor-presidente.

Segundo Stropa, o projeto ainda está em fase embrionária e muitos detalhes ainda estão sendo discutidos, levando em consideração também o ponto de vista dos agentes penitenciários, por meio de reunião com o presidente do Sindicato dos Servidores da Administração Penitenciária (Sinsap), André Santiago, já que o grupo especial é um anseio da categoria.

Várias reuniões têm sido e serão feitas pela Direção-Geral da Agepen, com a participação do diretor da Escola Penitenciária, Vilson Guedes e dos diretores de área da Agepen: Reginaldo Régis (Operações) e Gilson Martins (Assistência Penitenciária).

Fonte: AGEPEN/MS

Operação Carmel deflagrada pela Polícia Civil/SC prende mais 5 pessoas e cumpre 27 mandados de busca

Criciúma – Nesta quinta-feira, 23, cerca de 80 policiais, coordenados pela Divisão de Investigação Criminal (DIC) da Polícia Civil de Criciúma, deram sequência à Operação Carmel, com o cumprimento dos 27 mandados de busca e apreensão, sendo 15 deles no Residencial Carmel, em Criciúma. Neste local foram encontradas e presas preventivamente cinco pessoas, sendo dois deles os líderes da quadrilha, outro casal auxiliavam diretamente os líderes e outro que seria um dos responsáveis pelo transporte, guarda e venda da droga. Durante buscas no bairro Paraíso foi preso preventivamente mais um homem, de 22 anos, que também integraria o bando. 

Os outros mandados de busca que não tinham como endereço o Residencial Carmel, eram no bairro Paraíso, onde foi localizado e capturado o homem que era o elo da quadrilha do “Carmel” na região da “baixada”. Na residência dele foram apreendidos R$ 2.062,00, além de um talão de cheques e um violão furtados, sendo seus proprietários identificados e os bens restituídos. Como o suspeito foi flagrado na cama com um adolescente de 13 anos seminua, foi instaurado inquérito policial visando apurar o crime de estupro de vulnerável. 

Todos os presos preventivos foram indiciados em Inquérito Policial pela prática dos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico e participação em organização criminosa, e encaminhados ao presídio local onde aguardarão julgamento. 

A operação contou com a participação de policiais civis da 1ª DP, 2ª DP, DPCAMI e DIC de Criciúma, DIC Araranguá, DIC e DCFR de Tubarão, DIC Laguna, DEIC, DPs Sombrio, Lauro Muller, Orleans, Urussanga, Morro da Fumaça, Içara, Balneário Rincão, Maracajá, Siderópolis e Nova Veneza, além de quatro policiais militares da P2. 

Investigação

Segundo o Delegado de Polícia Civil André Milanese, há dois meses a DIC de Criciúma vem realizando investigação que visa identificar os líderes de uma quadrilha de traficantes que atua no Residencial Carmel, localizado no bairro Cidade Mineira, em Criciúma.

“O Residencial Carmel é um condomínio de prédios com 16 blocos construído há cerca de três anos pelo governo federal através do programa "Minha casa minha vida", mas alguns moradores que para lá se mudaram passaram a traficar drogas e corromper adolescentes para o tráfico, causando temor e angústia para os moradores de bem que ali residem, que passaram a conviver diariamente com ameaças, agressões e invasões de seus apartamentos”, ressaltou Milanese. 

Durante os dois meses de investigação, foram apreendidos cerca de 270g de crack com dois investigados responsáveis pelo transporte, guarda e venda do entorpecente. “Foi possível vincular tal droga a todos os integrantes da quadrilha, razão pela qual foram deferidas pelo Juízo da 2ª Vara Criminal de Criciúma a decretação das prisões preventivas de todos os investigados”, salientou o Delegado. 

No dia anterior, quando iniciou a operação Carmel, três pessoas foram presas em flagrante e um adolescente encaminhado para a Delegacia.

Fonte: PC/SC

Polícia Civil apreende drogas e arma em Novo Hambugo/RS

Apreensão - Foto: Polícia Civil

Policias da Terceira DP de Novo Hamburgo cumpriram mandado de busca e apreensão na madrugada deste sábado (25/7). A ação ocorreu em Sapiranga, onde foram apreendidos 68 quilos de maconha, oito quilos de cocaína pura, uma pistola .380, municiada, máquina de contar dinheiro, tubos de lança-perfume e um veículo GM/ Meriva. Duas pessoas foram presas.

Segundo o delegado Alexandre Quintão, foram localizados dentro do veículo, na parte traseira, a cocaína que foi apreendida. Os suspeitos foram autuados em flagrante por tráfico de drogas, associação para o tráfico e posse ilegal de arma de fogo de uso restrito, e posteriormente encaminhados à Penitenciária Modulada de Montenegro. 

Fonte: PC/RS - 3ª DP de Novo Hamburgo
Larissa F. Beretta

sexta-feira, 24 de julho de 2015

Denarc prende homem em centro de distribuição de drogas na zona leste de SP

No imóvel, havia 5.300 trouxinhas de maconha, 27 mil cápsulas de cocaína e 9.800 pedras de crack.



Segundo o delegado da 2ª DISE, facção alugou uma casa na Favela Santa Etelvina, na zona leste de SP, para estocar e distribuir entorpecentes
(Foto:Nivaldo Lima/SP AGORA)

Criminoso foi preso, na noite dessa quinta-feira, em um centro de distribuição de drogas na Cidade Tiradentes, zona leste de São Paulo.

Após investigações, agentes do Denarc localizaram um depósito de drogas pertencente ao PPC, o Primeiro Comando da Capital.

Segundo os policiais, a facção criminosa alugou uma casa na Favela Santa Etelvina apenas para estocar e distribuir entorpecentes.

A equipe da Segunda Dise (Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes) chegou ao local a tempo de prender um dos traficantes.

O homem de 27 anos já havia sido detido pelo Denarc em 2007.

No imóvel, havia 5.300 trouxinhas de maconha, 27 mil cápsulas de cocaína e 9.800 pedras de crack.

Também foram apreendidos 360 frascos de lança-perfume, além de material para embalar as drogas para venda.

Silva foi conduzido à sede do Denarc e autuado em flagrante, por tráfico de drogas.

fonte: http://spagora.com.br/denarc-prende-homem-em-centro-de-distribuicao-de-drogas-na-zona-leste-de-sp/

TREINO TÁTICO: WOTG carbine and pistol shooting and moving

AÇÃO CONJUNTA ENTRE DELEGACIA DE ROUBOS E FURTOS E DELEGACIA DE MIRANDA/MS PRENDE TRAFICANTE EM FLAGRANTE


MIRANDA (MS): Na tarde desta quarta-feira (22/07), por volta das 15 horas, investigadores da DERF (Delegacia Especializada em Repressão aos Crimes de Roubos e Furtos) e da Delegacia de Polícia de Miranda prenderam em flagrante ADRIANO DIAS DA SILVA (39 anos).

Os policiais estavam investigando ADRIANO porque havia suspeitas de que ele estaria abastecendo o crime organizado da capital com armas de fogo e drogas, por esta razão investigadores da DERF deslocaram até a cidade de Miranda onde junto com policiais civis daquela cidade apreenderam 2,636 kg (dois quilos seiscentos trinta e seis gramas) de substância entorpecente do tipo pasta base de cocaína que estavam sendo guardadas na chácara de ADRINO, local em que também foram apreendidos um revólver e cinco munições de calibre 38, cujo propriedade foi assumida por IRINEU SAMUEL DA SILVA, que é sogro de ADRIANO.

Após ser formalmente interrogado, ele foi recolhido em uma das celas provisórias da Delegacia de Polícia de Miranda, onde permanece à disposição da justiça.

fonte: PC/MS

Homem de 25 anos é preso com mais de 32 quilos de maconha em Rio Preto


maconha2.jpg

A Polícia Civil de São José do Rio Preto (Deinter 5) apreendeu na manhâ desta quarta-feira (22) 32,755 quilos de maconha. Na ação, L.S.A, de 25 anos, vulgo “Luquinha” foi preso.

Uma equipe da DIG/Dise da cidade recebeu informações de que o suspeito havia deixado a cadeia há pouco tempo e, estaria envolvido com o tráfico de drogas, abastecendo inclusive outros traficantes.

Após diligências para identificar o local onde a droga estava armazenada, os policiais identificaram um imóvel na rua Mário Milani - Bairro Eldorado, e depois de monitorará-lo, observou a aproximação do suspeito e resolveram realizar a abordagem. Ao revistarem o rapaz, encontraram um tijolo de maconha, embalado em fita adesiva marron, com peso aproximado de um kilo.

Imediatamente L.S.A foi imobilizado e algemado. Em seguida, os policiais entraram no imóvel, e encontram uma adolescente de apenas doze (12) anos. No imóvel os policiais encontraram diversos tijolos de maconha pesando no total, 32,755 quilos e uma balança de precisão.

Questionada, a adolescente disse que não sabia da existência da droga, porém L.S.A, assumiu a propriedade da maconha e da balança. Disse ainda, que está desempregado e que saiu da prisão há três meses. Ele foi preso em flagrante e vai responder por tráfico de entorpecentes.

Fonte/fotos: DIG/Dise de São José do Rio Preto Wilson Elias

quinta-feira, 23 de julho de 2015

Guarda Municipal de Vila Velha, ES, faz treinamento com arma de fogo

Academia de Polícia Civil vai aplicar o treinamento na Prainha.
A partir de agosto eles estarão armados nas ruas do município.

Do G1 ES, com informações de A Gazeta

Os agentes da Guarda Municipal de Vila Velha, na Grande Vitória, começam a fazer nesta quarta-feira (22) treinamento com arma de fogo. A partir de agosto eles estarão armados nas ruas do município.

Atualmente, dos 184 agentes, 76 têm o porte da pistola calibre ponto 380 e já tiveram aulas teóricas sobre o uso de arma de fogo.

A Academia de Polícia Civil do Estado do Espírito Santo (Acadepol) vai aplicar o treinamento na sede do 38º Batalhão de Infantaria, na Prainha, em Vila Velha.

Ao todo, serão 538 horas de aula para cada agente municipal. “Ao final do curso, eles vão ter disparado 400 tiros, durante o treinamento”, afirmou o prefeito, Rodney Miranda.

Ele disse que os guardas estarão preparados, inclusive psicologicamente, para lidar com situações que requeiram o uso de arma de fogo. “Eles não estão começando do zero. Os três meses são a requalificação desses agentes”, afirmou Rodney Miranda.

O tempo de treinamento é equivalente aos da Polícia Civil e da Polícia Federal, de acordo com o prefeito. “Eles estão muito bem treinados. É um curso de excelência. Está dentro da grade curricular da Senasp (Secretaria Nacional de Segurança Pública)”, reforçou o prefeito.

Estrutura

Atualmente, os agentes da Guarda Municipal de Vila Velha têm duas atribuições básicas. Uma é a atuação no trânsito, com poderes inclusive de multar. Outra é no auxílio à segurança pública.

Além da arma, os agente usam coletes à prova de balas e 100 sparks, as armas de choque.

Desde 2011, uma lei municipal já instituía o uso da arma de fogo pelos guardas municipais. De todo o quadro, 76 já utilizavam. Será a primeira vez, desde a lei, que todos os agentes terão porte.

Segurança

Prestes a assumir a Secretaria de Prevenção, Combate à Violência e Trânsito de Vila Velha, o tenente-coronel Alexandre Ramalho avalia que o uso da arma de fogo pela guarda municipal vai trazer mais segurança para os agentes e ajudar na intimidação da ação de criminosos.

“Vamos identificar o que está sendo feito, entender o contexto, destacando que segurança pública não é só polícia. Vamos ter maior integração com outras secretarias", disse Ramalho.

O tenente-coronel disse que o uso da arma será em casos extremos. “É a qualificação que eles tiverem que vai justificar o uso. Vai haver situações que vão demandar arma de fogo. Tem que ser em casos extremos, mas o seu uso contribui para a segurança dele e dos outros além de intimidar”, explicou

* Com informações de Katilaine Chagas, do Jornal A Gazeta.
Guarda Municipal de Vila Velha faz treinamento com arma de fogo 
(Foto: Marcelo Prest/A Gazeta)

Fonte: http://g1.globo.com/espirito-santo/noticia/2015/07/guarda-municipal-de-vila-velha-es-faz-treinamento-com-arma-de-fogo.html

COE realiza operação no Complexo da Penha





O Comando de Operações Especiais (COE)– Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE), Batalhão de Polícia de Choque (BPChq), Batalhão de Ações com Cães (BAC) – realizou nesta quarta-feira, 15/07, uma operação na Comunidade do Parque Proletário, no Complexo da Penha. A Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) local apoiou as ações encerradas às 16h. Até o momento não há registro de ferido. Dois menores foram apreendidos. Todo o material apreendido foi encaminhado para a 22ª DP (Penha). Segue o balanço:

Material de endolação; 01 pistola calibre 380 com 02 carregadores; 01 espingarda calibre 12; 02 rádio transmissores; 01 granada caseira, 40 munições de fuzil, 15 tabletes e 48 sacolés de maconha, 364 pedras de crack e 300 pinos de pó branco.

Fonte: PMERJ

Polícia Civil prende dois suspeitos em Tucunduva/RS

Polícia Civil prende dois suspeitos em Tucunduva - Foto: Polícia Civil

DURANTE CUMPRIMENTO DE MANDADOS DE BUSCA E APREENSÃO DOIS SUSPEITOS FORAM PRESOS EM FLAGRANTE POR POSSE DE ARMA DE FOGO

Na tarde desta quarta-feira (22/07), policiais da Delegacia de Polícia (DP) de Tucunduva, com apoio de policiais das DPs de Tuparendi e de Horizontina, deram cumprimento a quatro Mandados de Busca e Apreensão. Segundo o delegado Tiago Roberto Tescke, a ação resultou na prisão em flagrante de duas pessoas por posse de arma de fogo. “Nas residências dos suspeitos foram apreendidas cinco armas de fogo, sendo duas espingardas cal. 28, uma espingarda cal. 36, um revólver cal. 32 e um revólver cal. 38, além de farta munição de diversos calibres.” disse o delegado. Após os procedimentos de praxe, os presos foram encaminhados ao sistema penintenciário. 

Fonte: DP de Tucunduva

Fabiano Costa

Fonte: DP de Tucunduva

segunda-feira, 20 de julho de 2015

Humilhação, xingamentos e tortura: violações de direitos humanos marcam formação de policiais militares brasileiros

Ciro Barros | Agência Pública | São Paulo - 20/07/2015 - 14h50

Praças da Polícia Militar criticam abusos físicos, psicológicos e disciplinares dentro da corporação: 'como uma polícia antidemocrática vai cuidar de uma sociedade democrática?', pergunta ex-soldado expulso por suas críticas

Clarice Castro/ GERJ
Formatura de soldados da PM do Rio de Janeiro em janeiro de 2014

“Bora, bora, você é um bicho. Você é um jumento, seu gordo!”. O ex-soldado Darlan Menezes Abrantes imita a fala dos oficiais que o instruíam na academia quando ingressou na Polícia Militar do Ceará, em fevereiro de 2001. “Às vezes, era hora do almoço e os superiores ficavam no meu ouvido gritando que eu era um monstro, um parasita. Parecia que tava adestrando um cachorro. O soldado é treinado pra ter medo de oficial e só. O treinamento era só mexer com o emocional, era pro cara sair do quartel igual a um pitbull, doido pra morder as pessoas. Como é que eu vou servir a sociedade desse jeito? É ridículo. O policial tem que treinar o raciocínio rápido, a capacidade de tomar decisões. Hoje se treina um policial e parece que se está treinando um cachorro pra uma rinha de rua”, reflete.

Darlan lembra sem saudade dos sete meses passados no extinto Curso de Formação e Aperfeiçoamento de Praças da PM cearense. “Sempre que um professor faltava, éramos obrigados a fazer faxina em todo o quartel. E o pior: quem reclamava podia ficar preso o fim de semana todo. A hierarquia fica acima de tudo no militarismo. O treinamento era só aquela coisa da ordem unida [exercícios militares de formação de marcha, de parada ou reunião dos membros da tropa], ficar o dia inteiro marchando debaixo do sol quente. Lá dentro é um sistema feudal, você tem os oficiais que podem tudo e os soldados que abaixam a cabeça e pronto, acabou. Você é treinado só pra ter medo de oficial, só isso. O soldado que vê o oficial, mesmo de folga, se treme de medo”, diz.

Enquanto era policial, Darlan estudava Teologia no Seminário Teológico Batista do Ceará e Filosofia na UECE (Universidade Estadual do Ceará). O ex-soldado conta que passou a questionar algumas ordens e instruções enquanto frequentava a academia e logo ganhou um apelido: “Mazela”, uma gíria mais comum no nordeste do Brasil para uma pessoa mole, preguiçosa. Pouco a pouco se espalhava entre a tropa a ideia de que os questionamentos do “Mazela” eram fruto de preguiça com relação aos exercícios militares.

“Fiquei com essa fama no quartel”, afirma. “É uma lavagem cerebral. O militarismo é uma espécie de religião que cria fanáticos. Ordem unida, leis militares, os regimentos e tal, aqueles gritos de guerra. Essas coisinhas bestas que os policiais vão aprendendo, como arrumar direito a farda. Você pode ser preso se não tiver com um gorro ou chapéu na cabeça. Essas coisas que só atrapalham a vida dos policiais. Às vezes eu pegava um ônibus superlotado, chegava com a farda amassada e ficava sexta, sábado e domingo preso. Você imagina? Por causa de uma besteira dessas? Isso é ridículo”, exclama. 

“E isso é antes e depois do treinamento: se você for hoje na cavalaria da PM de Fortaleza você vai ver policial capinando, pegando bosta de cavalo, varrendo chão, lavando carro de coronel, abrindo porta para os semideuses [oficiais]. Eu nunca concordei com isso e fiquei com fama de preguiçoso”, diz.

O assédio moral é a regra na formação da PM em cursos de curta duração que tem como preocupação principal imprimir a cultura militar no futuro soldado; com pouco aprendizado teórico em temas como direito penal, constitucional e direitos humanos; além da sujeição a regulamentos disciplinares rígidos. É o que constatou a pesquisa “Opinião dos Policiais Brasileiros sobre Reformas e Modernização da Segurança Pública” publicada em 2014 pelo Centro de Pesquisas Jurídicas Aplicadas (CPJA), da Escola de Direito da FGV de São Paulo, e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Foram ouvidos mais de 21 mil profissionais de segurança pública (entre policiais civis, militares, rodoviários federais, agentes da polícia científica, peritos criminais e bombeiros) de todas as unidades da federação, mais da metade deles policiais militares, sobretudo praças (policiais de patentes mais baixas). Destes, 82,7% afirmaram ter formação máxima de um ano antes de exercer a função, 38,8% afirmaram que já foram vítima de tortura física ou psicológica no treinamento ou fora dele e 64,4% disseram ter sido humilhados ou desrespeitados por superiores hierárquicos. 98,2% de todos os profissionais (incluindo profissionais de outras áreas) que responderam a pesquisa afirmaram que a formação e o treinamento deficientes são fatores muito importantes para entender a dificuldade do trabalho policial.

Infografia: Marcelo Grava / Agência Pública


Para ver o infográfico ampliado, clique aqui

Apesar dos números alarmantes, o tema ainda é pouco discutido dentro da corporação e fora dela. Em vários estados, os regimentos internos das polícias militares proíbem expressamente que os policiais se manifestem a respeito da própria profissão. Eles também dizem ter pouco espaço para denunciar as violações sofridas por eles no dia a dia – a estrutura fechada e hierárquica do militarismo dá poucas brechas para denúncias ou críticas dos policiais com relação à própria formação, principalmente fora dos quartéis. Mesmo que essas denúncias se refiram ao descumprimento de direitos humanos primordiais.

Morto por “suga”

A ênfase excessiva na preparação física nos cursos de formação já resultou até em mortes. O caso mais recente talvez tenha sido o do ex-recruta da PM Paulo Aparecido dos Santos, de 27 anos, morto em novembro de 2013 após uma sessão de treinamentos no CFAP (Centro de Aperfeiçoamento de Praças da Polícia Militar) do Rio de Janeiro. Paulo morreu após uma “suga”, gíria dos policiais cariocas para as sessões de treinamentos físicos que levam os recrutas até o esgotamento físico.

Durante a sessão, segundo os relatos de outros recrutas ouvidos pelo repórter Rafael Soares do jornal Extra, quem não conseguia acompanhar o ritmo da sessão de treinamentos físicos era obrigado a sentar no asfalto quente – naquele dia fez mais de 40 graus no bairro de Sulacap, zona oeste do Rio, onde está localizado o CFAP – ou submetido a choques térmicos com água gelada.

No mesmo dia em que Paulo morreu, outros 32 alunos precisaram de atendimento médico – 18 com queimaduras nas nádegas ou nas mãos. Oito oficiais foram denunciados pelo Ministério Público pela morte de Paulo. O caso ainda tramita na Justiça Militar.

Em 2012, três batalhões de Curitiba foram denunciados por excessos relacionados à formação dos recrutas. O roteiro é o mesmo: verdadeiras sessões de tortura física e psicológica, castigos, punições rigorosas. Há até uma acusação de assédio sexual (segundo a denúncia, um cabo teria beijado uma recruta à força).

Lição de tortura

A institucionalização de violações de direitos humanos dentro da PM na formação e treinamentos dos seus integrantes reflete-se diretamente na maneira como reagem no cotidiano com a população. Um relato exemplar está no relatório final da Comissão da Verdade do Estado de São Paulo, em que o sociólogo e ex-secretário de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro, Luiz Eduardo Soares, afirmou em depoimento concedido no dia 28 de novembro de 2013: “O BOPE [Batalhão de Operações Policiais Especiais, pelotão de elite da PM fluminense] oferecia, até 2006, aulas de tortura. 2006! Aulas de tortura! Não estou me referindo, portanto, apenas às veleidades ideológicas (…), nós estamos falando de procedimentos institucionais”, afirmou.

Foi a essa realidade que o então recruta Rodrigo Nogueira Batista, egresso da Marinha, foi apresentado ao participar das Operações Verão nas Praias dois meses depois de ingressar na PM, descritas por ele como uma espécie de estágio que os recrutas fazem com policiais mais antigos nas praias nobres da capital fluminense – Ipanema, Copacabana, Barra da Tijuca, Botafogo, Recreio.

“A minha turma partiu pro estágio com dois meses de CFAP, dois meses dentro do CFAP tendo meio expediente e depois rua. Lá fomos nós de cassetete, shortinho e camisa da Polícia Militar, isso pra população ver aquele monte de recruta passando para poder dar o que eles chamam de ‘sensação de segurança pra população’”, relembra. “Eles colocam o policial antigo armado e dois ou três ‘bolas-de-ferro’, como eles chamam os recrutas, justamente por dificultar a movimentação do policial antigo. A gente chegava e o antigo ficava angustiado com a nossa presença porque queria pegar dinheiro do flanelinha, do cara que vende mate, da padaria e quando ele ia no português comer alguma coisa tinha que dividir com os “bolas-de-ferro”’, lembra. Na rua: “a barbárie imperava: pivete roubando, maconheiro… Tudo que tu imaginar. Quando caía na mão era só porrada, porrada, porrada, gás de pimenta, muito gás de pimenta. Foi ali que eu tive contato com as técnicas de tortura que a Polícia Militar procede aí em várias ocasiões”, afirma.

“Você vê agora o caso do Amarildo”, comenta. “Aqueles policiais que participaram do caso Amarildo, pelo menos de acordo com o que o inquérito está investigando, estão fazendo as mesmas práticas que eu já fazia, que o meu recrutamento já fazia, que outros fizeram bem antes de mim e que já vêm de muitos anos. Vêm de uma cultura”, analisa.

Bel Pedrosa / Agência Pública
O ex-soldado da PM, Rodrigo Nogueira, preso em Bangu 6 desde 2009, fala de seu livro “Como nascem os monstros”, durante entrevista em junho de 2015

Entrevistamos Rodrigo em Bangu 6, o presídio destinado a ex-policiais, bombeiros, milicianos, agentes penitenciários dentro do complexo penitenciário carioca. Condenado a 30 anos de reclusão, somando-se as penas recebidas na esfera civil e militar, ele falou com a Pública numa salinha apertada dentro da penitenciária. Rodrigo é autor de “Como Nascem os Monstros” (Editora Topbooks), um catatau de mais de 600 páginas onde descreve o que considera o processo de “perversão” a que são submetidos os jovens na corporação e que o teria levado a ser condenado por crimes como tentativa de homicídio triplamente qualificado, furto, extorsão e atentado violento ao pudor (ele nega ter cometido os crimes pelos quais foi condenado, mas afirma que não é inocente e que já cometeu outras arbitrariedades quando PM).

“Por exemplo, um pivete roubou uma coisa de um turista e correu. O policial corre atrás do pivete e pega o pivete. Quando ele consegue chegar no pivete, ele já jogou o que ele roubou fora, e ele é menor de idade, não pode ser encaminhado para a delegacia. Porra, mas o policial sabe que ele roubou. Aí entra o revanchismo, a hora da vingança. Primeiro lugarzinho separado que tiver (cabine, atrás de um prédio, dentro dos postos do guarda-vidas) é a hora da válvula de escape”, resume. E como é orientado o recruta antes de ir para rua? “Uma das instruções que os oficiais davam antes do efetivo sair pro policiamento era: ‘olha, vocês podem fazer o que vocês quiserem, pega o pivete, bate, quebra o cassetete, dá porrada no flanelinha. Só não deixa ninguém filmar e nem tirar foto. O resto é com a gente. Cuidado em quem vocês vão bater, cuidado com o que vocês vão fazer e tchau e benção’”, relata. “O camarada começa a ver um pivete levando choque, spray de pimenta no ânus, no escroto, dentro da boca e não sente pena nenhuma. Pelo contrário, ele ri, acha engraçado. E tem um motivo: se nesse momento que o mais antigo pegou o pivete e começa a fazer isso, se você ficar sentido, comovido por aquela prática, pode ter certeza que vai virar comédia no batalhão, vai ser tido como fraco. Vai ser tido como inapto para o serviço policial”, afirma.

Segundo ele, quem demonstra “fraqueza” ou “covardia” num momento como esse começa lentamente a ser destacado e afastado das funções de “linha de frente” da corporação. “Se você é duro, você vai trabalhar na patrulha, no GAT [Grupamento de Ações Táticas], na Patamo [Patrulhamento Tático Móvel]… Agora você que é mais sensato, que não vai se permitir determinadas coisas, não tem condições de você trabalhar nos serviços mais importantes. Não tem como o camarada sentar no GAT se não estiver disposto a matar ninguém. Não tem como. E não é matar só o cara que tá com a arma na mão ali, é matar alguém porque a guarnição chega a essa conclusão: ‘Não, aquele cara ali a gente tem que matar’. Aí é cerol mesmo”, garante.

Essa disposição pra matar na “linha de frente” relatada por Rodrigo se traduz em casos reais ocorridos com as PMs. Em um áudio revelado pelo repórter Luís Adorno, da Ponte, o 1º tenente da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar, tropa de elite da PM paulista) Guilherme Derrite afirma: “A polícia tá como sempre, né, querendo reduzir a letalidade policial. Então os tenentes, principalmente os oficiais, mas também cabos e soldados que nos últimos cinco anos se envolveram em três ocorrências ou mais que tenham resultado em evento morte do criminoso estão sendo movimentados. Até eu que tô fora da rua há dois anos me encaixo nessa lista. Porque pro camarada trabalhar cinco anos na rua e não ter ma… três ocorrências, na minha opinião, é vergonhoso né?”


Sim senhor, Não senhor

A cultura de violência nasce com a desumanização do próprio PM já na formação, relatam os entrevistados. “O soldado da polícia militar não tem direito nenhum. A gente tem que dormir em alojamentos sujos, caindo aos pedaços. Cada um tinha que trazer a sua rede pra dormir no alojamento. Os colegas casados que fizeram o treinamento passaram muitas dificuldades porque passamos três meses sem receber salário. O soldado só tem direito de dizer sim senhor e não senhor e de marchar o tempo todo”, resume o ex-soldado Darlan Menezes Abrantes. “Como uma polícia antidemocrática vai cuidar de uma sociedade democrática?”, pergunta.

Autor de um livro intitulado “Militarismo: um sistema arcaico de segurança pública” (Editora Premius), Darlan foi expulso da polícia cearense em janeiro de 2014, após 13 anos de PM. O que causou a expulsão, segundo ele, foi o livro. “Eu fui pra algumas universidades aqui de Fortaleza distribuir o livro e fiquei do lado de fora da Academia [Academia Estadual de Segurança Pública do Ceará (AESP-CE)] na hora do almoço. Aí os alunos vinham, pegavam o livro e levavam pra dentro. Durante uma das aulas, alguns alunos perguntaram para uma professora porque aqui no Brasil tinha polícia militar se na maioria dos países do mundo ela não era militarizada. Os alunos falaram que tinham visto no meu livro. Aí, pronto. Começaram a investigar a minha vida, abriram um IPM [Inquérito Policial Militar], eu fui interrogado e eu fiquei impedido de trabalhar na rua”, conta.

Agência Pública
Darlan Menezes Abrantes, ex-soldado da PM de Ceará e autor do livro "Militarismo: um sistema arcaico de segurança pública"

No capítulo 11 do livro de Darlan, há algumas frases anônimas ditas por seus colegas a respeito da PM. “Os oficiais são uns sanguessugas”, diz uma das frases; “a PM é a polícia mais covarde que existe, pois só prende pobre”, afirma outra. “No meu interrogatório, eles queriam que eu dissesse o nome de cada policial que falou as frases, pra cada policial ser punido. A minha advogada alegou sigilo da fonte, igual vocês jornalistas têm. Em outra sessão, nessa época que eu tava respondendo o processo, eu tentei argumentar com um capitão. ‘Não, capitão, é meu direito escrever o livro’. Ele ironicamente pegou uma folha de papel em branco e jogou na minha frente, dizendo: ‘Aqui, os seus direitos’”, diz.

A PM cearense alegou que a expulsão se baseava em vários artigos do Código Disciplinar e do Código Penal Militar e que a conduta do ex-soldado ia de encontro ao pudor e decoro da classe. Em São Paulo e no Ceará, é proibido ao policial “publicar, divulgar ou contribuir para a divulgação irrestrita de fatos, documentos ou assuntos administrativos ou técnicos de natureza policial, militar ou judiciária que possam concorrer para o desprestígio da Corporação Militar”. Darlan denunciou sua expulsão ao Ministério Público do Ceará e entrou com uma ação de reintegração na Justiça ainda não julgada. Procurada pela Agência Pública, a PM cearense não quis explicar o motivo da expulsão de Darlan nem comentar as declarações dele.

Regulamentos “obsoletos e antidemocráticos”

“Imagina um professor que não pode falar de educação ou um médico que não pode falar de saúde. Em muitos estados, o policial não pode falar de segurança pública”, afirma o sociólogo Ignacio Cano, do Laboratório de Análise da Violência da UERJ. Ele é autor de um estudo que analisou os “manuais de conduta” dos PMs com o objetivo de comparar os códigos e legislações disciplinares das corporações de segurança pública no Brasil.

“Os regulamentos disciplinares da PM são obsoletos, antidemocráticos, muitos deles pré-constitucionais”, define o sociólogo. “Eles foram criados para garantir a hierarquia e a disciplina dentro da corporação e a imagem da corporação, não foram feitos para proteger nem a população e nem o policial”, afirma o professor. “A maior parte da formação na PM é para o policial aprender normas, tanto as leis quanto as normas internas da corporação, e correr pra cima e pra baixo pra ficar em forma. A educação física não é dada com um propósito de saúde do trabalho, ela também está nessa lógica da disciplina. O que alguns especialistas e membros da polícia dizem que, implicitamente, esses artigos abusivos foram derrubados com a Constituição. O fato é que o diploma legal continua vigente”, diz.

Segundo seu estudo, ao menos 10 unidades da federação possuem regulamentos anteriores à Constituição, inspirados no Regulamento Disciplinar do Exército (RDE). Alguns estados até adotam diretamente o RDE como regulamento nas polícias militares. Isso foi determinado a partir de um decreto da ditadura, o Decreto-Lei 667, de 2 de julho de 1969. O artigo 18 do decreto estabelece que: “As Polícias Militares serão regidas por Regulamento Disciplinar redigido à semelhança do Regulamento Disciplinar do Exército e adaptado às condições especiais de cada Corporação”.

“Nos regulamentos que nós analisamos, nós vimos casos extremos neste estudo, como regulamentos que estipulam que, se um policial em posição superior bater num policial de nível inferior para obrigar a cumprir uma ordem, então não tem problema, é uma coisa normal. Esse é um dos casos mais extremos”, afirma Ignacio Cano. Ele cita outros abusos, decorrentes do excesso de regulação. “Há todo um moralismo especial sobre o policial que regula até a vida privada dele. Ele não pode fazer coisas que a maioria dos mortais fazem: se embebedar, contar uma mentira, contrair dívidas. Ele pode ser punido por essas coisas. Isso cria uma visão de super-homem moral que não existe, isso sujeita os policiais a riscos permanentes de punição por condutas que a maioria dos brasileiros fazem”, explica.

Há vários exemplos dessa regulação da vida privada dos policiais. No Espírito Santo, segundo o regulamento, é proibido aos policiais “manter relacionamento íntimo não recomendável ou socialmente reprovável, com superiores, pares, subordinados ou civis”. No Amazonas, é vedado ao policial “falar, habitualmente, língua estrangeira, em estacionamento ou organização policial militar, exceto quando o cargo ocupado pelo policial militar o exigir”. Em nove estados, constitui uma transgressão disciplinar o policial “contrair dívidas ou assumir compromissos superiores às suas possibilidades, comprometendo o bom nome da classe”.

A hierarquia é o valor supremo nos manuais das PMs. Os regulamentos disciplinares das polícias de Alagoas e Mato Grosso proíbem: “sentar-se a praça, em público, à mesa em que estiver oficial ou vice-versa, salvo em solenidades, festividades, ou reuniões sociais”. Em outros sete estados, é uma transgressão disciplinar o policial que está sentado deixar de oferecer seu lugar a um superior. Só nove estados classificam as transgressões tipificadas nas categorias comuns (Leve, Média, Grave e Gravíssima); nos demais fica a cargo do superior estipular a gravidade da transgressão.

“Os direitos humanos dos policiais são lesados frequentemente com esses regulamentos. E aí nós queremos que eles respeitem os direitos humanos dos cidadãos quando eles como seres humanos e trabalhadores não tem os seus direitos respeitados”, observa Cano. “Quando você trata o policial de uma forma autoritária e arbitrária, o que você está promovendo é que ele trate o cidadão da mesma forma. Ele tende a descontar no cidadão a repressão que sofre no quartel. Ele tende a ser autoritário, arbitrário, impositivo. Ele não tem diálogo no quartel, por que ele vai dar espaço pra isso com o cidadão? Ele tende a esperar do cidadão a mesma moral que a dele”, argumenta o sociólogo.

Diogo Moreira / GESP / Fotos Públicas
Formatura de soldados da Polícia Militar de São Paulo em abril de 2014

Principal nome à frente do site Rede Democrática PM BM, o primeiro sargento da PMDF Roner Gama é um exemplo da restrição da corporação à liberdade de expressão de seus integrantes. “Essa carga negativa da ditadura se reflete em procedimentos internos punitivos que existem ainda hoje. O policial, por exemplo, não pode se manifestar na rede social sobre certos aspectos internos da corporação sob o risco de responder. Eu mesmo estou respondendo a diversos inquéritos e sindicâncias por me expressar ali naquele site. Hoje mesmo eu vou na Corregedoria responder por um comentário que alguém fez no site. É uma coisa chata, constrangedora. A PM é a única instituição do país em que o agente não pode questionar o seu superior. Um servidor público não pode questionar procedimentos internos? É algo fora do contexto que vivemos. É totalmente absurdo”, afirma.

Com mais de 20 anos de experiência dentro das academias de polícia brasileiras e latino americanas, a antropóloga e professora do Departamento de Segurança Pública da Universidade Federal Fluminense (UFF), Jacqueline Muniz, afirma: “No Brasil, nós temos uma lógica aristocrática pautada em privilégios que perverte o sentido da hierarquia e da disciplina. É um abuso de poder continuado, como acontece com regulamentos disciplinares caducos e inconstitucionais”, analisa.

“Os próprios policiais dizem nas ruas e nas minhas pesquisas que a motivação deles é a punição. Isso reflete ambientes de pouca cidadania, transparência, de poucos reconhecimentos dos direitos constitucionais de um dos principais atores da democracia. O policial é quem faz valer a Constituição na esquina, não é o Rex que late e abana o rabo. Ele não tem que cortar grama do superior hierárquico, virar motorista da esposa do coronel, servir cafezinho, ceder lugar na fila do cinema pro superior. Essa cultura faz com que o policial se sinta inseguro na rua justamente por uma insegurança institucional e um policial inseguro é pior do que um policial mal pago. Ele se vê o tempo todo com medo de ser punido. Os policiais sempre dizem: ‘se eu faço demais eu sou punido, se eu faço de menos eu sou punido, se eu não faço, eu sou punido’. Faltam parâmetros de aferição qualificada para o trabalho policial e isso ainda depende de nós instituirmos um processo formativo profissional pras polícias”, analisa.

“Polícia não se improvisa. Um policial experiente custa muito caro à sociedade, ele não pode ser substituído porque morreu ou porque se acidentou”, conclui a antropóloga.

“Eu já caí no chão paraplégico”

Em 1989, Saul Humberto Martins, hoje beirando os 50 anos, sonhava em entrar na Polícia Militar do Distrito Federal. Ele diz que achava a profissão bonita, que via muitas coisas ruins nas ruas e achava que podia contribuir como policial. Saul entrou na corporação por concurso, tornou-se cabo da PM e trabalhou como policial por 18 anos até ser atingido por um tiro acidental durante uma instrução, em abril de 2008, que o fez ficar paraplégico.

“Aquele dia estava tendo um curso de Radiopatrulhamento que tinha começado. Eu não fazia parte do curso, tava em outra área, mas me pediram pra dar um apoio. E eu fui”, relembra. No curso, voltado a policiais com mais de dez anos de polícia, Saul deveria simular que era um criminoso e, em várias situações, tentar tomar a arma das mãos de outro policial. Ele então tirou o colete balístico que usava para ter mais mobilidade e para representar o papel de “meliante”.

Antes do treinamento, todos os participantes eram orientados a descarregar suas armas. Porém, durante a instrução, um soldado participante do curso disse que estava com dor de cabeça e quis deixar o quartel para ir à farmácia. Ele saiu do local, carregou a arma e colocou na cintura e foi de viatura comprar remédio. Quando retornou, o soldado se esqueceu da arma carregada. “Assim que ele chegou, um oficial entrou na parte de trás do carro e falou pro soldado: ‘vamo que agora é a vez de vocês fazerem a abordagem’. Eles entraram no local da instrução, que era um local fechado. Quando eles entraram, o oficial orientou: ‘aborda aquele pessoal lá’”, afirma. Na simulação, Saul foi orientado a reagir à abordagem. Quando ele reagiu, o soldado que tinha saído disparou a arma carregada.

“O tiro pegou na minha omoplata, perfurou o pulmão, a coluna e se alojou na minha medula. Eu já caí no chão paraplégico”, diz. O episódio de Saul foi filmado e pode ser visto aqui (as imagens são muito fortes). Saul ficou um mês internado no Hospital Regional de Taguatinga. A corregedoria da PM do Distrito Federal condenou o oficial instrutor do curso e o soldado que disparou a arma a nove meses de prisão (convertidos em serviços comunitários), mas seguem na corporação. Saul, que hoje é pastor evangélico, ainda pleiteia sua indenização na Justiça.

“Quem tava dando a instrução no dia do meu acidente não era instrutor. Simplesmente porque ele era oficial ele tava lá dando a instrução, mas ele não tinha preparo pra dar aquela instrução. Depois do meu acidente houve vários outros casos. Teve um colega meu que não foi bem orientado numa instrução de tiro, ele disparou, a cápsula bateu no olho dele e ele saiu de lá cego. Teve outro que levou um tiro no joelho e teve que amputar a perna. Teve o caso do sargento Silva Barros que morreu lá no Guará, que recebeu um tiro dentro do Quarto Batalhão de Polícia Militar. Teve até um instrutor do Bope que morreu também”, relembra. “Nós precisamos de instrutores mais bem preparados. Temos bons instrutores, mas o problema é que eles querem colocar os oficiais piás na instrução só porque são oficiais. Tem muito sargento bom de instrução que não pode virar instrutor, porque eles querem ter esse privilégio. Puramente pela hierarquia”, reflete.

Sobre o treinamento em si, Saul critica o foco excessivo nos treinamentos de ordem unida. “O cara fica dentro da academia e 50% do curso é pra aprender militarismo. Precisamos de um treinamento mais técnico e profissional. O policial tem que ter mais treinamento de tiro, pra ele saber atirar, não pra matar ninguém, mas pra saber atirar quando for necessário”, opina.

A Agência Pública tentou contato com alguns dos policiais acidentados no Distrito Federal, mas eles se recusaram a falar. Em nota, a PMDF afirmou que “faz treinamentos constantes com o objetivo de cada vez mais aprimorar e atualizar o seu pessoal, e esses treinamentos são realizados com armamento de fogo para simular reais situações de perigo e ação dos policiais. Todas as medidas de cuidado são tomadas, mas infelizmente acidentes acontecem, não só aqui, mas em qualquer lugar do mundo, e além do mais, a PMDF tem um dos menores índices de acidentes que causem graves lesões ou até mesmo a morte de nossos policiais”, conclui a nota.

Cultura da ditadura

“Nosso sistema de segurança pública traz ainda muita coisa da época da ditadura, inclusive a formação”, afirma o cabo da PM de Santa Catarina Elisandro Lotin, presidente da Anaspra (Associação Nacional de Praças da Polícia Militar). “Nós já fizemos inúmeras denúncias [sobre os cursos de formação]. Recentemente, aqui em Santa Catarina tinha uma academia de polícia com 200 mulheres e elas foram obrigadas a ficar em posição de apoio e fazer flexões no asfalto quente às três horas da tarde, várias delas ficaram com queimaduras nas mãos. Aí você vai chegar nelas e dizer pra elas defenderem a sociedade?”, questiona.

Vanderlei Ribeiro, presidente da Aspra (Associação de Praças da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro) desde 2008, atribui o “amadorismo” da formação à “cultura” da PM. “Nós somos mal formados, mal preparados e induzidos a erro pela cultura militarista que existe nas polícias militares de todo o Brasil. A formação impõe desde o início um comportamento autoritário que vai se refletir na população. A cultura militar é perversa, ela não prepara o PM para compreender que ele tem um compromisso social com a sociedade. A escola de polícia não tem qualificação nenhuma e não prepara ninguém pra atuar na rua. A formação é agressiva, não respeita os direitos humanos, é arrogante, autoritária e o policial só sabe agir da mesma forma quando sai da academia”, avalia.

Para o sargento Leonel Lucas, membro da Brigada Militar do Rio Grande do Sul e presidente da ABAMF (Associação Beneficente Antônio Mendes Filho, entidade dos praças da Brigada gaúcha) não só o treinamento dos praças precisa melhorar. “Infelizmente, nós temos ainda alguns capitães Nascimento dando instrução nos cursos de formação dos praças. É por isso que eu acho que a primeira coisa que tem que ser mudada é a formação acadêmica dos oficiais superiores, quando a gente mudar a cabeça de quem tá nos formando lá em cima e os oficiais superiores começarem a receber uma formação mais humanista, isso vai se refletir pra quem está nas patentes mais baixas.”

Academia não forma para direitos humanos

Autor de uma tese de mestrado em Direitos Humanos pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, o tenente-coronel Adilson Paes de Souza – 30 anos de serviço, hoje na reserva – analisou o peso da disciplina de Direitos Humanos no currículo da Academia de Polícia Militar do Barro Branco, escola de oficiais da PM paulista.

Segundo a dissertação de Adilson, só em 1994 a disciplina de Direitos Humanos apareceu no currículo do Barro Branco e, desde a sua inclusão, a disciplina nunca passou dos 2% do total de horas-aula oferecido nos cursos de formação. Em 2013, último ano coberto pela pesquisa de Adilson, a disciplina de Direitos Humanos representou só 1,4% do total de horas-aula do curso (90 horas aula em um total de mais de 6 mil horas de curso); hoje é ainda menor,foi reduzida para 41 horas-aula.

Adilson critica também o conteúdo geral dos cursos de formação. “Não é dada sequer uma pincelada do quadro social que nós vivemos de desigualdade, pobreza, exclusão. É nessa realidade que o policial vai trabalhar. Quando se fala da questão racial, o policial tem que entender o mecanismo histórico que produz a desigualdade racial até mesmo para que ele não reproduza de maneira inconsciente essas mesmas opressões no dia a dia. E essa é a queixa feita sobre a Polícia Militar na periferia: o viés extremamente racista”, exemplifica.

Para a antropóloga Jacqueline Muniz, da UFF, a partir do fim dos anos 1980 algumas academias se abriram para outras áreas de forma positiva, o que inspirou a criação da Rede Nacional de Altos Estudos em Segurança Pública (Renaesp), em 2003, que repassa recursos para cursos de especialização para as polícias em universidades de todo o país. “Qualificando os gestores e operadores de segurança pública e pesquisadores foi possível dar um salto de qualidade na elaboração de diagnósticos e iniciativas que subsidiassem políticas públicas”, destaca. Ela também considera importante a criação da Matriz Curricular do Ministério da Justiça (um documento de referência às polícias militares e civis brasileiras para a elaboração das grades curriculares de cada estado), e a criação do Fundo Nacional de Segurança Pública, com recursos vinculados ao planejamento das atividades. “Antes do Fundo a tradição era só de compra de armamento, viatura e munição. Então o policial ganhava um armamento novo, mas desconhecia completamente o que é a logística policial e o diálogo entre os armamentos para fazer uso gradual, qualificado e comedido da força.”

Os avanços, porém, estão restritos a alguns estados, observa Jaqueline Muniz. “Ainda não produzimos uma espécie de ‘esperanto’, de linguagem comum entre as polícias que favoreça a transparência, a profissionalização, a integração e o controle social sobre as práticas de ensino na polícia”, conclui.

A mudança não é fácil, como experimentou na prática César Barreira, professor titular de Sociologia da Universidade Federal do Ceará e coordenador do LEV (Laboratório de Estudos da Violência). Em 2011 o sociólogo implantou a Academia Estadual de Segurança Pública do Ceará, com uma proposta de formação integrada de todos os profissionais de segurança pública – à exceção dos agentes penitenciários. “Eu avalio essa experiência como muito positiva. Houve uma mistura do ambiente policial com o acadêmico, a parte técnica era dada pelos especialistas em segurança pública e a parte humanística era ensinada por professores doutores”, exemplifica. Ele usa os verbos no passado porque um ano e três meses depois do início da experiência, ele foi exonerado pelo secretário de Segurança Pública e Defesa Social, coronel Francisco Bezerra. “Claramente essa minha proposta não foi muito bem recebida por todos. Os soldados, os policiais da Polícia Civil e a Polícia Forense receberam bem, parte dos oficiais da PM é que não receberam. Não sei se essas ideias vão continuar porque você sabe que um sociólogo à frente de uma academia de polícia é diferente de um tenente-coronel”, finaliza.

Outra tentativa é o Instituto Superior de Ciências Policiais (ISCP), uma instituição de ensino superior credenciada no MEC, criada pela Polícia Militar do Distrito Federal que oferece dois cursos de graduação (bacharelado em Ciências Policiais e tecnólogo em Segurança Pública) e cursos de pós-graduação lato sensu. “A ideia é oferecer um curso amplo para formar profissionais de gestão em segurança pública. Aqui no Brasil é o primeiro instituto desse tipo. No Chile, pra você ter uma ideia, existe um instituto semelhante desde 1939”, diz o coronel Sousa Lima, coordenador do Departamento de Educação da PMDF e reitor do ISCP. “Também temos uma pró-reitoria de pesquisa para fornecer apoio acadêmico à realidade do policial. Quem vai estudar qual o melhor equipamento pro policial não se aposentar com problemas na coluna? Quem vai estudar que arma o policial usa pra fazer menos dano? Quem vai estudar que munição ele vai usar? A gente resolveu estudar a gente mesmo porque ninguém tá preocupado com a polícia”, alfineta.

Desmilitarizar é preciso?

Uma questão divide opiniões de policiais e especialistas em segurança pública: é possível oferecer uma formação mais humana e eficiente aos policiais militares sem mexer na natureza militar da PM? Em quase todas as entrevistas feitas para esta reportagem, o tema da desmilitarização das polícias apareceu reanimado pela PEC 51/2013 de autoria do senador Lindbergh Farias (PT-RJ).

A antropóloga Jacqueline Muniz acha que sim. “A estrutura militar em si não limita o efeito do processo formativo para os policiais, o que impede o policial aplicar o que ele aprendeu é o abuso de poder. Há polícias de inspiração militar, como a Gendarmarie, da França, os Carabineri, da Itália, e a Guarda Civil Espanhola que foram democratizadas, têm grau elevado de formação e os direitos e deveres dos policiais são garantidos como cidadãos plenos. E essas polícias são muito bem avaliadas por suas sociedades e têm, inclusive, baixo índice de violência, corrupção e violação”, afirma. O cabo Elisandro Lotin, presidente da Anaspra, vai na mesma linha. “Você pode ter uma polícia militar desde que a atuação dela na rua seja focada na dignidade da pessoa humana, cidadania, desde que desvincule de toda aquela lógica que o Exército ainda insiste em ter de controle das polícias militares: do armamento até a formação, o número de efetivo. A partir dessa desvinculação [do Exército], que não significa desmilitarização, nós podemos ter uma matriz nacional de atuação das polícias militares no Brasil focados em dignidade da pessoa humana, em direitos trabalhistas para os profissionais de segurança pública, códigos de ética e conduta adequados à democracia”, defende.

Já Vanderlei Ribeiro, presidente da associação de praças carioca, discorda. “A estrutura militarista é incompatível com o policiamento ostensivo. Militarismo é pro Exército. Primeiro você tem que mexer na estrutura pra depois você falar em alterar a formação. Não tem outro caminho. Você pode pegar o melhor especialista do país para dar aula para os policiais, só que o que ele vai fazer na rua vai ser diferente do que ele aprendeu lá porque a cultura enraizada não permite outro tipo de comportamento. Aqui no Rio de Janeiro teve vários convênios com ONGs, vários professores universitários foram dar aula lá nos cursos e não mudou em nada porque a questão toda é mi-li-tar. Não adianta o camarada ter aula de sociologia se ele vai chegar na rua e vai matar, se ele é treinado nesse conceito militarista”, avalia. “Não adianta você fazer aula de direitos humanos se a polícia é militar. Quando você vai pra rua o que predomina é a ideia militar, é a lógica militar”, opina o ex-soldado Darlan Menezes Abrantes.

“Nas entrevistas com os policiais para a minha dissertação, uma fala me chamou a atenção. Eles diziam: ‘Nós entramos em serviço e ao entrar em serviço nós entramos em território inimigo. No território inimigo, eu mato ou eu morro. Não me peça para interceder pela vida do inimigo.’ Estudando depois sobre essa fala, eu fui estudar a Doutrina de Segurança Nacional e ela necessita de um inimigo para se fazer presente. Na ditadura, o inimigo era quem? Quem contestava a ditadura. Terminou a redemocratização e essa ideia persiste, hoje o inimigo é quem enfrenta a polícia, quem pratica um delito ou quem vive em determinadas áreas. O discurso de muitas autoridades é o discurso da guerra, de retomar o território do inimigo, de ocupar o morro e devolver para o Estado. É o discurso da Doutrina de Segurança Nacional. Na ponta da linha, o recado chega assim: ‘Lá tem um inimigo, então o aniquile’. Talvez isso explique a letalidade da polícia”, conclui o tenente-coronel Adilson Paes de Souza.

“Quando você vê um soldado policiando, algo já está errado. Ou o camarada é soldado, ou policial. O soldado tem uma premissa que é o quê? Matar o inimigo. Isso aí é o principal. O soldado é formado para eliminar o inimigo e o policial não, pelo menos não deveria”, afirma o ex-soldado da PM Rodrigo Nogueira Batista. “Essa confusão de atribuições entre soldado e policial, elas não se resolvem de maneira fácil. As coisas continuam acontecendo aos olhos de todo mundo e ninguém faz nada. Por exemplo, aquele pessoal que tava voltando de uma festa dentro do HB20 branco e que foram perseguidos por uma patrulha. Não teve um estalinho, uma bombinha, nada que viesse do HB20 pra patrulha e o cara deu 15 tiros de fuzil no carro. Isso só pode acontecer na cabeça de um soldado, na cabeça de um policial não aconteceria nunca. Um policial iria correr atrás, cercar. Mas ele não ia dar tiro em quem não tá dando tiro nele. Só na cabeça do soldado, que acha que tá na guerra e acha que se não atirar primeiro vai levar tiro. O cara foi lá, deu a sirene e o carro acelerou pra fugir da polícia. ‘Ah, é bandido, vou dar tiro’. Podia ser alguém bêbado, podia estar todo mundo fazendo uma suruba dentro do carro, podia ter uma cachaça no carro e o cara estar com medo de ser pego, o cara podia não ter habilitação, o cara podia ser surdo… São milhões de coisas, mas o cara não para pra analisar essas coisas porque ele não foi condicionado pra pensar, a contextualizar o tipo de serviço que ele tá fazendo. Ele foi treinado pra quê? Acelerou, correu, bala!”, analisa o ex-PM, hoje na prisão.

Matéria original publicada no site da Agência Pública.

fonte: http://operamundi.uol.com.br/conteudo/samuel/41089/humilhacao+xingamentos+e+tortura+violacoes+de+direitos+humanos+marcam+formacao+de+policiais+militares+brasileiros+.shtml